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O desperdício na saúde é um dos maiores desafios enfrentados por gestores públicos e privados no Brasil. Em um setor onde os recursos são limitados e a demanda é crescente, evitar o uso ineficiente desses recursos se torna fundamental para garantir um atendimento de qualidade à população e a sustentabilidade dos sistemas de saúde. O problema, no entanto, vai além da simples perda financeira: o desperdício compromete a segurança do paciente, a produtividade das equipes e os resultados clínicos. Neste artigo, abordamos como identificar as principais fontes de desperdício, seus impactos e as estratégias eficazes para promover uma gestão mais eficiente.
Desafios da gestão em saúde: onde mora o desperdício
Um dos principais desafios da gestão em saúde é a complexidade dos processos que envolvem diferentes áreas, profissionais, tecnologias e protocolos. Em meio a essa complexidade, surgem diversas oportunidades para o desperdício. Ele pode ocorrer de forma visível, como o descarte de medicamentos vencidos ou a repetição de exames desnecessários, mas também de maneira silenciosa e sistêmica — como a má gestão do tempo dos profissionais, falhas na comunicação entre equipes, ou o uso inadequado de tecnologias.
Segundo o Institute of Medicine (EUA), até 30% dos gastos em saúde podem ser atribuídos a desperdícios, que incluem desde fraudes e erros administrativos até tratamentos ineficazes. No contexto brasileiro, a situação é agravada pela escassez de recursos, filas de espera, baixa digitalização de dados e subutilização de práticas baseadas em evidências. É comum vermos profissionais sobrecarregados, estruturas mal aproveitadas e estoques mal gerenciados, o que torna o ambiente propício para o desperdício.
Impactos do desperdício: qualidade, segurança e custo
O desperdício em saúde não afeta apenas o orçamento. Ele compromete diretamente a qualidade do cuidado prestado aos pacientes. Quando recursos são utilizados de forma ineficiente, sobra menos para investir em ações preventivas, capacitação de equipes e melhoria dos processos. Isso significa que menos pessoas são atendidas, os diagnósticos são mais lentos e as taxas de complicações aumentam.
Do ponto de vista da segurança do paciente, o desperdício pode resultar em erros médicos, uso inadequado de medicamentos, exposição a riscos desnecessários e aumento do tempo de internação. Além disso, impacta a moral e o engajamento das equipes, que trabalham sob pressão constante e muitas vezes sem os insumos ou informações adequadas.
No aspecto econômico, os prejuízos se multiplicam. Organizações de saúde que não controlam suas perdas operacionais enfrentam dificuldades para crescer, inovar ou mesmo manter o básico funcionando. O desperdício compromete a sustentabilidade financeira da instituição, além de afetar a imagem e a confiança do público no serviço prestado.
Soluções práticas: caminhos para uma gestão mais eficiente
Reduzir o desperdício na saúde exige uma abordagem estratégica, multidisciplinar e contínua. O primeiro passo é o diagnóstico: é fundamental mapear processos, identificar gargalos e analisar dados com precisão. Muitas organizações ainda operam sem indicadores claros de desempenho, o que torna impossível saber onde estão perdendo recursos.
A adoção de tecnologias, como sistemas de gestão hospitalar, prontuários eletrônicos e ferramentas de BI (Business Intelligence), pode transformar a maneira como a informação é coletada e utilizada. Com dados confiáveis, é possível tomar decisões baseadas em evidências, padronizar processos e antecipar problemas. Por exemplo, com a digitalização do estoque de medicamentos, é possível evitar vencimentos, compras duplicadas e rupturas de fornecimento.
Outro ponto crucial é o investimento em capacitação e engajamento das equipes. Profissionais bem treinados, que compreendem os objetivos institucionais e se sentem parte do processo, tendem a atuar com mais responsabilidade e cuidado. A comunicação interna deve ser clara e frequente, reforçando o papel de cada um na prevenção de desperdícios.
Além disso, é importante fomentar uma cultura de melhoria contínua. Isso envolve a implementação de protocolos baseados em evidências, auditorias regulares, avaliação de resultados e escuta ativa dos colaboradores. Uma gestão eficaz do tempo, redução de retrabalho e foco em processos que agregam valor ao paciente são pilares de um sistema mais eficiente.
Eficiência com responsabilidade: o papel da liderança e da cultura organizacional
Por fim, vale lembrar que combater o desperdício não é apenas uma questão técnica, mas também cultural. A mudança precisa partir da liderança e ser incorporada por toda a organização. Promover uma cultura de responsabilidade, transparência e colaboração é essencial para que as soluções implementadas sejam duradouras e efetivas.
A saúde é um bem precioso, e cada recurso desperdiçado representa uma oportunidade perdida de salvar ou melhorar uma vida. Por isso, repensar práticas, investir em inteligência de gestão e promover uma cultura voltada para a eficiência são caminhos indispensáveis para transformar a realidade do setor.
A AM Consultoria em Saúde está pronta para ajudar sua instituição a identificar e eliminar desperdícios em todas as etapas do processo. Entre em contato pelo site amconsultoriaemsaude.com.br e descubra como podemos apoiar você na construção de uma gestão mais eficiente e sustentável.
Institute of Medicine (IOM). Best Care at Lower Cost: The Path to Continuously Learning Health Care in America. Washington, DC: The National Academies Press, 2013.
https://nap.nationalacademies.org/catalog/13444/best-care-at-lower-cost-the-path-to-continuously-learning
→ O relatório estima que cerca de 30% dos gastos em saúde nos EUA são desperdiçados por ineficiências, erros administrativos, tratamentos desnecessários, entre outros.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Health Systems Financing: The Path to Universal Coverage. World Health Report, 2010.
https://www.who.int/whr/2010/en/
→ Aponta o desperdício como um dos principais gargalos para o acesso universal à saúde, destacando a necessidade de melhorias na governança e alocação de recursos.
Tribunal de Contas da União (TCU). Desperdício na Saúde Pública: Auditoria Operacional. Relatório de Auditoria, 2017.
https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8182A15F2D76C7015F30285B54703E
→ Estudo que avalia as causas e impactos do desperdício na saúde pública brasileira, com foco em gestão de medicamentos, filas de espera e estrutura organizacional.
Berwick, D.M. & Hackbarth, A.D. (2012). Eliminating Waste in US Health Care. JAMA, 307(14): 1513–1516.
https://doi.org/10.1001/jama.2012.362
→ Artigo de referência que classifica os tipos de desperdício no sistema de saúde em seis categorias: falhas no cuidado, excesso de serviços, preços inflacionados, falhas administrativas, fraudes e má coordenação.
Porter, M.E. & Lee, T.H. (2013). The Strategy That Will Fix Health Care. Harvard Business Review.
https://hbr.org/2013/10/the-strategy-that-will-fix-health-care
→ Os autores defendem uma abordagem baseada em valor (value-based healthcare) para melhorar a eficiência, alinhar incentivos e reduzir desperdícios.
A auditoria em saúde é essencial para garantir a qualidade e a segurança dos serviços oferecidos.
Se você deseja saber mais sobre como implementar práticas de auditoria em sua instituição ou tem alguma dúvida sobre o tema, deixe seu comentário abaixo! E não se esqueça de compartilhar este artigo com colegas e profissionais da área para que possamos juntos elevar o padrão dos serviços de saúde no Brasil!
A verdade é que a eficiência dentro dos serviços de saúde é um desafio constante, seja em órgãos de ordem privada ou pública. A Consultoria funciona como uma espécie de estratégia para garantir a conformidade desses processos e promover melhorias na qualidade desses serviços.
O consultor é um profissional da área especializado, que analisa, planeja e implementa soluções de diferentes aspectos em diversas áreas de uma organização de saúde. Ele atua na gestão de custos, qualidade assistencial e conformidade regulatória, visando a eficiência e a sustentabilidade das operações.
São esses métodos baseados em evidências que garantem decisões fundamentadas e eficazes. Assim é possível não só coletar e avaliar dados relevantes sobre as operações atuais, mas identificar ineficiências e áreas que podem ser otimizadas.
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